segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Pecado, pecadinho, pecadão... Isso não!!!
Desde bem novos, valores éticos nos são ensinados a partir da perspectiva social de nosso ambiente de convivência, nosso meio social. Seja numa tribo, numa comunidade rural, ou na zona mais urbana do mundo, o que é socialmente produzido na consciência, sobre um proceder pré-estabelecido, é a principal orientação do que fazer e não fazer para ser aceito, ou melhor, enquadrado. Dentro da igreja não é muito diferente. Esse espaço, que nos ensinam ser um lugar diferente, o lugar mais correto, onde se deve estar, tem reproduzido valores cristãos equivocados e muitas vezes orientados por valores de homens e não do Deus a quem servem, ou dizem servir.
Aprendi quando criança, no departamento infantil da igreja que congrego até hoje, uma música que dizia “Pecado, Pecadinho, Pecadão, isso não!”, e pensei como desde novos nos dão uma ideia de valores ao pecado. Pecado é pecado, ele não é nem grande, nem pequeno. A Palavra de Deus fala para não julgarmos, não fazermos acepção de pessoas, de aprendermos o caráter de Jesus e, no entanto, vemos acontecer diferente. Surge então um grande questionamento: o que diferencia a mentira do assassinato? O que faz da fornicação um pecado pior do que ser um trapaceiro? Vemos igrejas disciplinar e excluir as pessoas a partir de valores, de coisas que supostamente escandalizam os irmãos. Mas vou esclarecer um escândalo maior, e uma terrível verdade, a palavra de Deus diz aquele que mata é assassino, e o que rouba é um ladrão, mas aquele que mente não é mentiroso, é filho do diabo! (João 8:44). E vejam só, é também a coisa mais comum entre nossos erros.
A estes, ninguém vê disciplina e exclusão. Nada diferencia o pecado, nada pode dar valores ou medidas que possam ser pesadas nas balanças da consciência. O que muda na verdade, é a conseqüência do que se planta. Deus não toma o injusto por justo, e não é porque alguém antes muito mal, que como diria o povo, “pintou e bordou”, se arrependeu e converteu-se de seus maus caminhos, e por isso foi perdoado por Deus, deixará de colher tudo que plantou antes. Alguns passarão a vida colhendo frutos podres de suas maldades, e isso não é injustiça, pelo contrário, é a própria justiça! Mas errado é não distinguir o que é a Palavra de Deus do que é a dos homens. Temos que criar dentro de nós um freio, que não aponte quem já vai passar o resto da vida arrependido colhendo coisas ruins, principalmente em relação aos novos convertidos, pois se torna muito difícil manter-se na fé se sempre vai ter alguém que desencave o defunto que Jesus sepultou.
Por mais que o mar do esquecimento seja de Deus, e os homens não tenham essa benção do esquecimento, vale à pena lançar mão, ou cortar fora os tropeços e não fazer o papel do acusador, a este já foi designado o diabo (Mateus 18:9). É difícil? Certamente! Mas o treino vai aperfeiçoar, até que se chegue ao ponto em que seu coração saiba distinguir o que é papel seu, do Pai e do diabo. Cuidemos, pois, de nossas vidas, busquemos ao Senhor em Justiça e Retidão. Não somos melhores que ninguém e santidade não é uma competição para ver quem chega ao céu primeiro. Jesus deu o maior exemplo de amor e acolhimento, aceitou a “ralé” daquela sociedade tão cheia de “homens de Deus”, sabendo se postar diante do pecado e do pecador. Ele recebia a todos, mas dizia que se arrependessem de seus maus caminhos, não misturava amor e tolerância. Antes de viver na ilusão dos muitos graus de pecado, vamos orar pelos que tropeçam e cuidar em não ter argueiros nos cegando. (Mateus 7:3-5). Se o irmão insistir em apontar os pecados do próximo, aproveite e vá lá ajudar ele a colher, já que está tão preocupado!
Artigo escrito por Jessica Farias (@jescf)
Artigo escrito por Jessica Farias (@jescf)
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